28.3.10

Crítica: "A Gárgula" de Andrew Davidson


Autor: Andrew Davidson
Editora: Caderno
Colecção: Cadernos a Preto e Branco
Ano de Edição/ Reimpressão: 2008
Preço: 17,00€

Sinopse
O belo e atormentado narrador de A Gárgula conduz numa estrada sinuosa quando é ofuscado pelo que parecia ser uma saraivada de setas. Despenha-se numa ravina e acorda numa unidade de queimados, sofrendo as torturas dos condenados. É agora um monstro. A sua vida acabou. Mas está apenas a começar: um dia, Marianne Engel, uma encantadora e indomável escultora de gárgulas, entra no seu quarto e revela-lhe que foram amantes na Alemanha medieval: ele, um mercenário que sofrera terríveis queimaduras; ela, uma freira escriba no famoso mosteiro de Engelthal, onde lhe prestara cuidados de enfermagem. À medida que se desenrola a sua história, qual Scherazade, e relata outras histórias igualmente fantásticas de amor imortal no Japão, Islândia, Itália e Inglaterra, o narrador é devolvido à vida e, por fim, ao amor. A Gargula é um romance extraordinário que levará o leitor numa metamórfica e original viagem. Fá-lo-á acreditar no amor, em milagres e na rendição. O mais extraordinário romance de estreia da última década: uma fascinante história de amor sobre o poder libertador do sofrimento, que transcende os limites do nosso tempo e espaço.
Wook
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Opinião: É uma história intrigante devido aos seus personagens principais, um actor pornográfico que se transforma num ser humano queimado e passa a valorizar sentimentos, mesmo que não o admita. E de uma mulher esquizofrénica que vive o presente para cuidar de um homem, que afirma ter vivido com ele uma história trágica de amor, no século XIII.
Porém, as constantes mudanças entre o presente e as histórias narradas por Marianne Engel durante todo o livro, faz com que o leitor fique confuso, quer por se perde no rol da história principal, quer pelas histórias contadas por Angel: serão verdadeiras? Ou serão fruto da sua imaginação?!
Considero um livre interessante e enriquecedor, a nível de conhecimentos, no que se refere a doentes queimados e tudo o que engloba a sua recuperação, bem como a nível psiquiátrico, em toda caracterização e comportamento de Engel.

O interior do ser humano é mais bonito e gratificante de se conhecer. O que é importante é o sentimento de gostar de alguém tal como é, porque todos somos diferentes mas todos podemos ser muito especiais! É a mensagem que retiro deste livro.

MonikitA

14.3.10

Crítica: "O Grande Deus Pã", de Arthur Machen

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 176
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896370084

Sinopse: Arthur Machen é famoso pelos seus contos do sobrenatural e horror. O seu sucesso foi alcançado em 1890 e tornou-se um dos escritores mais influentes do seu género no início do século XX. Ainda hoje a sua influência se reflecte nos mais variados ramos, da literatura à pintura, da música ao cinema (como em Labirinto del Fauno de Guillermo del Toro, inspirado no O Grande Deus Pã).
Os seus temas abordam frequentemente as implicações psicológicas do sobrenatural e o mundo metafísico. O seu imaginário vagueia frequentemente pelo gótico e o fantástico. O seu interesse pela religião, paganismo, oculto, alquimia, e kaballa, reflecte-se um pouco por toda a sua obra.Aclamado pelos maiores nomes do seu tempo: T.S. Eliot, Bernard Shaw, Algernon Blackwood, Bram Stoker, Arthur Conan Doyle, W.B. Yeats, Oscar Wilde, e mais tarde Jorge Luis Borges que o reconheceu como um escritor genial e através dele influenciou o realismo mágico.

Sobre o autor: Arthur Machen (3 de março de 1863 - 30 de março de 1947) foi um escritor e jornalista galês, famoso pelos seus contos e novelas de terror e fantasia, além de ter sido actor durante um certo tempo. 
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Opinião: Em primeiro lugar queria reforçar uma ideia com que o Sr. Professor José Manuel Lopes, a quem congratulo a excelente tradução, nos confronta: «Não lemos, nem poderemos ler, como se lia na Inglaterra de finais do século XIX» cuja ênfase não poderia ser mais bem descrita já que é um livro a ser lido tendo em conta a altura em que os contos foram escritos. Estamos perante contos/novelas onde a «sexualidade engendra monstros e as experiências científicas se tornam assustadoras», onde o enredo é muito cativante e onde o medo, o suspense e as lendas se encontram numa harmonia que para mim foi perfeita.

Passo, então, a falar dos contos. 

- O Grande Deus Pã: Conto em que Guillermo del Toro se inspirou para realizar aquele que considero um dos meus filmes favoritos de fantasia, demonstrou-se numa história muito diferente, embora tenha vislumbrado a essência de onde o realizador mexicano se inspirou. O conto realmente provoca algum terror psicológico mas o que mais me fascinou foi o conteúdo fantástico que ele nos proporciona. Fala-nos de um Deus da floresta, o Grande Deus Pã mas sobretudo, evoca o terror que este impõe quando se mostra aos humanos. A acção principal começa com uma experiência em que Dr. Raymond procura provar a existência do Grande Deus Pã, recorrendo a uma jovem rapariga. Passados alguns anos, começam a aparecer suicídios muito peliculares de homens que se enforcam com expressões faciais de puro horror. Clarke procura a verdade sobre estes estranhos suicídios e encontra uma verdade estonteante e fascinante! Com um final que me fascinou, este conto, apesar de não ter correspondido às minhas expectativas, foi excelente! 

- A Novela da Chancela Negra: Primeiramente, adorei este conto! Não me despertou tanto "medo" como o outro mas a estória em si é muito interessante e desperta tanta curiosidade! Partindo do início do conto, é-nos praticamente impossível imaginar que Machen iria implementar o elemento fantástico que este nos mostrou. A estória gira à volta de uma antiquíssima chancela negra e coberta de inscrições de uma língua aparentemente muito antiga. O final do conto foi estonteante e mostrou-me uma outra realidade mitológica muito interessante e, como sempre, inesperada. 

- A Luz Mais Interior: Este conto foi algo interessante (envolve autópsias :P ) já que Machen coloca-nos perante um caso demoníaco que nos confirma que quem procura acha!

- O Povo Branco: Este conto está simplesmente suberbo, foi sem dúvida o meu favorito! Arthur Machen começa por nos contar a conversa entre  Cotgrave e Ambrose onde este último nos apresenta uma teoria excepcional sobre o pecado e a santidade, que convenhamos foi uma conversa fantástica e que concordo no seu todo. Já a largas horas da noite, Ambrose fala de um caderno verde de uma rapariga que, mais tarde é-nos apresentado, e neste, é-nos relatada a sua estória. Até onde poderá ir a imaginação de uma criança? Ou será que é a simples realidade? Será, então, mesmo verdade este aterrador registo? Este foi o conto que mais me despertou a curiosidade e que mais me cativou! 

Este é, portanto, um livro que recomendo devido à sua elevada qualidade e à imaginação encantadora de Machen. Advirto que não é uma leitura leve pelo que, por vezes a leitura pode ser quebrada mas não desistam, vale mesmo a pena! - Tatiana

12.3.10

"Eternidade" de Alyson Noël

Edição/reimpressão: Abril 2010
Editor: Gailivro
Nº Páginas:  ?
Colecção: 1001 Mundos
P.V.P.: ?

Sinopse: O primeiro livro da extraordinária nova série Os Imortais de Alyson Noël.
Entrem num mundo encantador onde o verdadeiro amor nunca morre...
Depois de um terrível acidente que lhe matou a família, Ever Bloom, de dezasseis anos, consegue ver as auras das pessoas que a rodeiam, ouvir os seus pensamentos e conhecer a histór...ia da vida de qualquer pessoa através de um simples toque. Desviando-se, sempre que possível, no sentido de evitar qualquer contacto humano e de esconder esses dons, Ever é vista como uma anormal na escola secundária à qual regressa.
Mas tudo muda, quando conhece Damen Auguste.
Damen é encantador, exótico e rico. E é a única pessoa que consegue silenciar o ruído e as manifestações de energia que invadem a cabeça de Ever. Ele transporta uma magia tão intensa que parece conseguir ler a alma de Ever.
À medida que Ever é arrastada para o sedutor mundo de Damen, onde abundam os segredos e os mistérios, começam a surgir-lhe mais perguntas do que respostas. Além de que não faz ideia de quem realmente é... ou daquilo que é. Apenas sabe que se está a apaixonar desesperadamente.
"Eternidade" - Um amor assim não tem fim.
 
Mais sobre a saga Os Imortais no site oficial.
Nas livrarias a 13 de Abril!

5.3.10

Crítica: "A Cidade dos Ossos", de Cassandra Clare

Edição/reimpressão: 2009
Editora: Planeta
Dimensões: 15x21
Páginas: 416
P.V.P.: 19,90 €
 
Sinopse: Há mil anos, o anjo Raziel misturou o seu sangue com o dos seres humanos, criando uma raça de Caçadores de Sombras, que nos protegem de demónios invisíveis para o comum dos mortais. Ao abrir este livro, entre num universo muito especial... Chegou à Cidade dos Ossos. À saída da Pandemonium, a discoteca da moda de Nova Iorque, Clary segue um rapaz muito giro de cabelo azul até que assiste à sua morte às mãos de três jovens cobertos de estranhas tatuagens. Desde essa noite, o seu destino une-se ao dos três Caçadores de Sombras e, sobretudo, ao de Jace, um rapaz com cara de anjo, mas com tendência a agir como um idiota... 
Sobre a autora: Cassandra Clare nasceu no Irão e passou os seus primeiros anos a viajar pelo mundo com a família e vários baús cheios de livros de fantasia, entre os quais As Crónicas de Nárnia. Mais tarde, trabalhou como jornalista em Los Angeles e Nova Iorque, onde reside actualmente.
"Caçadores de Sombras cria um mundo onde eu adoraria viver." Stephenie Meyer 

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 Opinião: Clary sempre viveu uma vida simplória com a sua mãe e Luke, um quase tio, até que, numa discoteca em Nova Iorque, Pandemonium, assiste a um assassinato protagonizado por três jovens marcados com inúmeras tatuagens por todos os seus corpos.
É a partir desse momento que conhece Jace, Alec e Isabelle - três jovens Caçadores de Sombras que a acompanharão naquela que será uma aventura urbana cheia de acção e mistério!

Ora, já tinha lido esta saga em inglês mas foi muito bom reler este livro cujo homor, a fantasia e o suspense estão numa boa sintonia.
É uma leitura leve onde há muito diálogo e por essa razão lê-se num ápice sendo que no final queremos ler a continuação pois para além do enredo que adorei, as personagens estão muito bem formuladas, especialmente o Jace :) , a minha personagem favorita do livro - quando o lerem perceberão o porquê. 

Este foi, portanto, um livro que desde o início me envolveu e me abraçou, provocando uma grande ansiedade para o acabar e que ao longo do mesmo me ofereceu muito bons momentos de leitura.  Muitas surpresas virão nos próximos livros que espero voltar a ler, em português. xD

Anteriormente já o tinha aconselhado, hoje volto a aconselhá-lo, especialmente ao público adolescente/jovem já que esta estória está de alguma forma direccionoada para nós (se gosta de Crepúsculo cetamente que gostará desta saga - no meu caso, gostei mais desta!), o que não quer dizer que não possa ser lido por pessoas mais velhas pois, nesses casos, se estiverem à procura de uma boa estória com o enredo interessante, aconselho-o de igual forma. - Tatiana