28.12.09

Crítica: "No Teu Deserto" de Miguel Sousa Tavares


Páginas: 128
Editor: Oficina do Livro
Preço: 15.00


Sipnose:
O novo «Quase Romance» de Miguel Sousa Tavares. Há viagens sem regresso nem repetição. «Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.» «Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.» «Eu sei que ela se lembra, sei que foi feliz então, como eu fui. Mas deve achar que eu me esqueci, que me fechei no meu silêncio, que me zanguei com o seu último desaparecimento, que vivo amuado com ela, desde então. Não é verdade, Cláudia. Vê como eu me lembro, vê se não foram assim, passo por passo, aqueles quatro dias que demorámos até chegar juntos ao deserto.»
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Opinião:
No mundo actual, muitos são os problemas que nos afectam, o trabalho, a escola, a vida pessoal; vivemos atarefados no decorrer do stressante dia-a-dia. Por vezes, sentimo-nos forçados o fugir deste mundo, e aconchegar-nos noutro, que não o nosso.
“No teu deserto”, refere-se a outro mundo, sem carros, casas, confusões, apenas areia e pouco mais. Uma viagem realizada pelo autor a Novembro de 1987, aos trinta e seis anos de idade, onde (re)encontrou novamente a juventude outrora adormecida. O Romance, ou melhor, “Quase Romance” tornou-se numa carta de homenagem a Cláudia, sua companheira de viagem, que conhecera poucos dias antes desta.
Embora com personalidades versáteis, foi ao longo de um mês que, Miguel e Cláudia, se aturaram mutuamente, enraizando entre si algo mais que amizade, surgindo um carinho e uma ternura mútua. A imensidão do deserto e a pequenez do UMM, o seu jipe, uniu estes dois corações como nunca visto.
Um livro narrado através de duas perspectivas, a do autor e a de Cláudia, que embora poucas fossem as palavras ditas, transbordava uma abundância de sentimentos.
Assim, “No Teu Deserto” convida a todos os leitores a “fazerem deserto”, isto é, fazerem uma pausa para reflectiram sobre a vida, deixando-se levar pela sua simplicidade e, saboreando cada momento único.

“Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.”

Miguel Sousa Tavares, in “No Teu Deserto


Driqa*

24.12.09

Sugestões de Natal

Na Véspera de Natal, são muitos aqueles a quem falta comprar um último presente. Seja para aquela pessoa que nos é mais chegada, só que ainda não encontramos a prenda perfeita, seja para aquele colega que todos os anos teima dar algo, mesmo que durante todo o ano nunca lhe tenhas dirigido a palavra.
No entanto, já pensaste que um livro pode-te ajudar nestas alturas? O quão útil poderá ser? Além de ser agradável, transmite pequenas mensagens onde apenas os mais perspicazes irão se aperceber.
Seguem-se algumas sugestões:


• Para aqueles que adoram cozinhar, como a mãe, a avó ou a tia-avó:

"Chakall Quatro estações"

Editor: Oficina do Livro
Preço: 18.90€


"Sinopse"
Os sabores da Primavera, do Verão, do Outono e do Inverno de um chef apaixonado pela cozinha e pela vida. Chakall é um viajante, um cozinheiro e um apaixonado. Talvez não por esta ordem, mas só ele poderá definir a ordem certa: um homem que viaja e se apaixona por lugares distantes e que coleciona sabores. Um apaixonado pela cozinha e pelos países que percorre. Um Chef que cozinha e viaja com paixão.

Para dar a familiares chegados, namorados ou alguém de quem se gosta muito:

“Fazes-me Falta”

Livro de Bolso
de Inês Pedrosa
Páginas: 256
Editor: Booket
Preço: 3.48€

Sinopse
O leitor que abre este romance de Inês Pedrosa depara com um dispositivo narrativo de extrema simplicidade: duas vozes apenas, que, ao longo de cinquenta blocos textuais, a que, pela sua episódica brevidade, não chegaremos a chamar capítulos, se cruzam numa espécie de diálogo espectral. Uma dessas vozes é feminina, e é a ela que cabe a iniciativa de convocar os temas. A outra voz, que viremos a saber que é mais velha, pertence a um homem. Poderíamos pensar, segundo as convenções de leitura para que estamos preparados, que entre estas duas personagens existe sobretudo uma relação passional. Mas aquilo que as une é de uma outra ordem - e de certo modo o livro não faz mais do que ir à procura do nome exacto para essa ordem, o nome apropriado para esse tecido de palavras que une, enreda, compromete, envolve estas duas vozes.


“O Sorriso das Estrelas”

de Nicholas Sparks
Páginas: 176
Editor: Editorial Presença
Preço: 14.00€

Sinopse
Prepare-se para entrar num enredo onde todas as emoções vão estar à flor da pele. Uma aventura de fim-de-semana de uma mulher com 45 anos, divorciada e mãe de três filhos é o cenário do novo livro de Nicholas Sparks. Este segredo escondido durante muitos anos será revelado como exemplo de coragem, numa altura em que a sua filha é arrastada para o alucinante abismo provocado pela morte do marido.
Uma prova de que, quando menos se espera, as estrelas voltam a sorrir!

• Para adolescentes apaixonados por ficção:


“Infecção”

de Scott Siegler
Editor: Gailivro
Colecção: Mil e Um Mundos

Sinopse


Por toda a América, uma misteriosa doença está a transformar pessoas normais em assassinos delirantes e paranóicos, que cometem atrocidades brutais em estranhos, em si próprios e até mesmo nos seus familiares. A trabalhar sob sigilo governamental, o operacional da CIA, Dew Phillips, cruza o país de lés a lés, numa tentativa vã de apanhar uma vítima viva. Dispondo apenas de corpos em decomposição como pistas, a epidemiologista do CDC, Margaret Montoya, corre contra o tempo para analisar as evidências científicas, descobrindo que os assassinos têm algo em comum: foram contaminados por um parasita criado por bioengenharia, cuja complexidade vai muito além dos limites da Ciência. Perry Dawsey – um corpulento e antigo ás de futebol americano – confinado a um cubículo e resignado à vida de assistente de informática, acorda uma manhã e descobre que tem várias tumefacções a crescerem-lhe no corpo. Em breve, ele dará consigo a agir e a pensar de forma estranha, a ouvir vozes… está infectado.

“O Dente do Dragão”

de Paul Collins
Editor: Gailivro
Colecção: Mil e Um Mundos
Nº de Páginas: 384


Sinopse

Cinco Pedras Pentagonais cobiçadas por duas pessoas. Mas apenas uma as poderá reunir! Desde a batalha inicial com os Guerreiros da Lua da Morte até ao derradeiro confronto com as temíveis legiões do Preceptor, cruzando prodigiosos mundos paralelos, a Condessa Jelindel, edudita e lutadora, é obrigada a invocar todo o seu poder, inteligência e coragem – bem como a confiança na lealdade dos seus amigos – para devolver ao mundo o seu equilíbrio. Embarca no Dente de Dragão e vive a aventura de uma viagem fantástica!

• Para o pai ou paraum amigo próximo, oferecer os actuais best-sellers fica sempre bem:


“O Símbolo Perdido”

de Dan Brown
Páginas: Itálico572
Editor: Bertrand Editora
Preço: 22,46€

Sinopse
Washington, D. C.: Robert Langdon, simbologista de Harvard, é convidado à última hora para dar uma palestra no Capitólio. Contudo, pouco depois da sua chegada, é descoberto no centro Rotunda um estranho objecto com cinco símbolos bizarros.
Robert Langdon reconhece-os: trata-se de um convite ancestral para um mundo perdido de saberes esotéricos e ocultos.
Quando Peter Solomon, eminente maçom e filantropo, é brutalmente raptado, Langdon compreende que só poderá salvar o seu mentor se aceitar o misterioso apelo.
Langdon vê-se rapidamente arrastado para aquilo que se encontra por detrás das fachadas da cidade mais poderosa da América: câmaras ocultas, templos e túneis. Tudo o que lhe era familiar se transforma num mundo sombrio e clandestino, habilmente escondido, onde segredos e revelações da Maçonaria o conduzem a uma única verdade, impossível e inconcebível.
Trama de história veladas, símbolos secretos e códigos enigmáticos, tecida com brilhantismo, O Símbolo Perdido é um thriller surpreendente e arrebatador que nos surpreende a cada página.
O segredo mais extraordinário e chocante é aquele que se esconde diante dos nossos olhos…

“Fúria Divina”

de José Rodrigues dos Santos
Páginas: 608
Editor: Gradiva Publicações
Preço: 20,70€

Sinopse
Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra: 6AYHAS1HA8RU.
Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo.
Baseando-se em informações verídicas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra surpreendente como o mestre dos grandes temas contemporâneos. Mais do que um empolgante romance, Fúria Divina é um impressionante guia que nos orienta pelo labirinto do mundo e nos revela os tempos em que vivemos.
Este romance foi revisto por um dos primeiros operacionais da Al-Qaeda.






Contudo, existem aquelas pessoas com quem temos pouca confiança, no entanto, sentimos a necessidade de dar alguma lembrança. Assim, sugerimos os livros de bolso, além de serem práticos e fáceis de transportar, ainda ficam em conta na carteira:

Podes encontrar variadíssimas opções aqui.


Mais uma vez, FELIZ NATAL A TODOS!


Adriana L.

23.12.09

Feliz Natal!


A equipa Taste This Book deseja a todos os visitantes e seguidores um excelente Natal repleto de alegria e muito amor bem como um próspero ano 2010!

Crítica: "Grafias Noturnas", de L. F. Riesemberg


Editora: Biblioteca 24x7
Páginas: 158
P.V.P.: (sem portes) ($18.00)  6,92 €
À venda no Amazon.

Sinopse: Abrem-se as portas do Inferno, e criaturas hediondas são liberadas na Terra para promover o caos e confundir os humanos. Assim têm início as histórias de Grafias Noturnas.
Um pequeno objeto descoberto enterrado no jardim pode levar o mundo a um colapso. Distintos cavalheiros do século XIX resolvem pregar uma peça no amigo, com consequencias funestas. Um escritor encontra uma forma infalível para que não percebam que suas obras são, na verdade, plágios. Um jovem que, de tão obcecado pelos filmes violentos que assiste, resolve incorporar a persona de Charles Bronson e fazer justiça com as próprias mãos.
Relatos de pessoas comuns que se deparam com uma passagem para outro mundo: uma região além de onde a mente humana já conseguiu chegar.

Grafias Noturnas é uma colectânea de 21 contos fantásticos, que passeiam entre o natural e o sobrenatural, o amanhecer e o crepúsculo, conversando com Deus e com o Diabo, e remetendo a canções de ninar e a perversas maldições.

Sobre o autor: Luiz Fernando Riesemberg, autor de origem brasileira, nascido em 1980, mora em São Mateus do Sul, no interior do Paraná. Formado em Jornalismo e em Letras, trabalha como redator de um periódico em sua cidade natal e escreve contos desde 2003. Vários concursos literários de nível internacional já premiaram seus textos.
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Opinião: Há já algum tempo que recebi este livro do Luiz, a quem agradeço imenso a amabilidade de me ter enviado um exemplar e pelo autógrafo.
Este é o seu primeiro livro e nele podemos encontrar 21 contos onde sempre podemos encontrar o elemento fantástico mesmo que em pequenas proporções.
Ora, este novo autor foi uma pequena grande surpresa já que nunca pensei encontrar tão boas estórias e tão boas críticas. Destaco os seguintes contos:

- O Guarda-Chuva: Neste, Riesemberg mostra-nos um impressionante caso de bulling em que certo dia, uns colegas de trabalho decidem brincar com aquele colega de trabalho que mantinha um estilo de vida algo “antiquado” – aquele a quem já chamavam “reloginho suíço” por chegar sempre a horas, aquele tipo de pessoa que tinha a sua roupa sempre engomada. Bem, senti uma grande crítica do autor perante muitos casos destes em que um indivíduo é gozado por um grupo de colegas de trabalho ou até escola por acharem piada brincar com alguém que é diferente. É, na minha opinião, um conto muito bem concebido!

- A Cápsula do Tempo: Este é, para mim, um dos meus contos favoritos do livro. O que faria se encontrasse no seu quintal uma cápsula do tempo onde se esconde uma relíquia impressionante que nos permite ver o passado, o presente e o futuro? Bem esta é a situação de um homem que, quando em criança, enterrava cápsulas do tempo na esperança de que passados alguns anos ou até centenas de anos, alguém, por acaso, encontrasse os seus compartimentos e os seus objectos. Quando o seu filho começa a fazer o mesmo, encontra uma pequena cápsula de madeira onde se encontra um diário de um menino onde relata a existência de uma pedra que o seu pai lhe dera antes de ir para a guerra. Não revelarei mais sobre o conto pois acho que está muito giro e convido-os a ler o livro (embora tenham que o pedir pela Amazon).

- O Botão: Este conto está muito bom! O que escolheria? A felicidade para a sua famiília ou uma mala cheia de dinheiro que o tirasse de uma má situação financeira? É um conto que apela ao bom senso e também ao pensar das consequências que uma escolha pode ter. Adorei.

- A Lei de Lavoisier (Aplicada à Arte): Este conto é algo de fantástico! É, talvez, o meu conto favorito. Um escritor com falta de imaginação vai, um dia, a uma biblioteca e num acto de raiva rasga a ficha do livro em que se baseou para escrever o seu manuscrito e acontece algo muito interessante para ele - todos os exemplares desse mesmo livro desaparecem a nível mundial e o seu manuscrito torna-se num êxito mundial. e aqui que começa este excelente conto onde o autor apela à originalidade da escrita e também à importância dos livros.  

- A Máquina da Alegria: Este conto é muito engraçado pois fez-me lembrar muito do meu avô e nos avós em geral pois fazem tudo pelos netos, até mesmo uma máquina onde podemos encontrar apenas alegria! É este o tema do conto, o afecto incessante entre avô e neto e aonde um avô pode ir para satisfazer os pedidos do seu amado neto.

- A Emissora: Este conto despertou-me a atenção pois Riesemberg apresenta-nos, um cenário, não inovador, mas interessante no sentido em que nos depara com um homem que durante a sua vida desprezou muitas oportunidades e até a sua família e, durante uma viagem de fuga aos seus problemas, ouve uma rádio onde tocam músicas de cantores e bandas que já morreram mas, o especial desta rádio é que as canções são totalmente novas. Este conto é muito giro e o seu final, embora cliché, é muito giro e feliz.

- Eu Não Matei Charles Bronson: Como é óbvio, não poderia deixar de destaca este conto de Riesemberg! Conto vencedor de um prémio, esta é a estória de um homem que, farto do sistema em que a sociedade vive, resolve fazer justiça pelas próprias mãos! É um conto cuja violência está espancada e pelo que já li das entrevistas que o autor deu, o nível de violência era bem maior! (fiquei curiosa… e adorava ler essa versão :P). Ora, após ser enganado e roubado por um par de trolhas, e vendo que as autoridades não lhes faziam nada, este resolve ir à procura dos ladrões e fazer justiça. É, realmente um conto que dá prazer de ler pois é uma situação que penso que todos já tivemos vontade de fazer.

Resta-me agradecer ao Luiz Riesemberg em parte por me ter dado a oportunidade de ler o seu livro e pelos bons momentos de leitura que me proporcionou; e, também, congratular pelo livro, que gostei imenso.
Claro, está bem recomendado a todos aqueles que gostam de estórias que, para além de entreter com elementos fantásticos, nos proporcionem uma crítica a muitos dos nossos erros humanos que temos tendência a esquecer. - Tatiana

17.12.09

Vencedor do Passtempo "Frágil"

Mais uma vez, pedimos desculpa a todos os participantes pelo atraso na divulgação do vencedor.

Devido à natureza do passatempo, a decisão do vencedor foi algo difícil mas chegámos a um consenso e o vencedor do livro "Frágil" é...

tchan tchan tchan tchan....

"É na alegria de um radioso dia,
Que sonho com as maravilhas da vida,
Olhando para uma civilização que, nesta prova, brilha,
E onde, nem a mais frágil esperança é esquecida"

Maria da Graça de Sacavém


Parabéns!

A equipa Taste This Book

(O vencedor será contactado posteriormente por e-mail)

16.12.09

Do Passatempo...

Pedimos a todos os participantes as nossas sinceras e imensas desculpas em relação a este enorme atraso quanto à divulgação do vencedor do passatempo "Frágil", que não é normal, é verdade, mas todas andamos no 12º ano e como estamos na última semana do 1º período, temos tido várias avaliações e não temos tido tempo nem para postar sugestões.


Em princípio, amanhã o resultado será declarado e o(a) vencedor(a) será notificado(a) por e-mail e, claro, postado aqui no blogue.

Agradecemos a compreenção de todos.
 
A equipa Taste This Book

1.12.09

Crítica: "O Nome do Vento", de Patrick Rothfuss

Edição: 2009
Páginas: 966
Editor: Edições Gailivro
Colecção: 1001 Mundos
P.V.P.: 19,90€


Sinopse: Esta é a história de um jovem extremamente dotado em artes mágicas e que se virá a tornar o mais famoso feiticeiro que o mundo alguma vez conheceu. Da infância como membro de uma família unida de nómadas Edema Ruh até à provação dos primeiros dias como aluno de magia numa universidade prestigiada, o humilde estalajadeiro Kvothe relata a história de como um rapaz desfavorecido pelo destino se torna um herói, um bardo, um mago e uma lenda. O primeiro romance de Rothfuss lança uma trilogia relatando não apenas a história da Humanidade, mas também a história de um mundo ameaçado por um mal cuja existência nega de forma desesperada. O autor explora o desenvolvimento de uma personalidade enquanto examina a relação entre a lenda e a sua verdade, a verdade que reside no coração das histórias.


Sobre o autor: Patrick Rothfuss, o autor, nasceu no Wisconsin, onde os longos invernos e a ausência de televisão por cabo ajudaram a desenvolver a paixão pela leitura e pela escrita. A sua mãe lia-lhe histórias quando era criança e o seu pai ensinou-o a construir coisas. Se procuram a génese da sua arte de contar histórias é aqui que a vão encontrar. Pat ainda vive no Wisconsin e continua a não ter televisão por cabo e os longos invernos obrigam-no a ficar em casa e a escrever. Quando não está a ler ou a escrever, entretém-se com jogos de vídeo, organiza tertúlias em casa e brinca com alquimia na cave. Ele adora o mundo e as personagens que criou mas adora, especialmente, que as pessoas tenham a oportunidade de os conhecrem.
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Opinião: Num mundo onde o mistério, a magia, o sofrimento, a destreza e a força dominam, Patrick Rothfuss estreia-se da melhor forma possível!

O Nome do Vento é o primeiro livro da trilogia Crónica do Regicida e a estória é-nos contada na primeira pessoa, pelo próprio Kvothe.
Quem diria que um simples estalajeiro teria tanto para contar?
Pois bem, esta é uma estória de magia, de amor, de tristeza de fantasia, de música, de dificuldade e humana.
Patrick Rothfuss conta-nos o primeiro dia de três longos dias onde contará a sua verdadeira estória, sem qualquer boato - apenas a verdade!
A um ritmo alucinante e totalmente viciante, Kvothe conta-nos as suas aventuras desde os tempos em que vivia com a sua trupe nómada e alegre. É numa dessas viagens que entra em contacto com a magia.
Fascinado pela forma como um velho arcanista chama o vento, Kvothe convida-o a ingressar para a sua trupe - os Edema Ruh.
Desta forma inicia uma amizade e aprendizagem na esperança de conhecer o nome do vento. A sua incontestável inteligência leva a que o seu professor aconselhe aos seus pais a mandá-lo para a universidade para continuar os seus estudos...
Já sem a companhia do seu amigo e professor, a trupe é massacrada enquanto Kvothe deambula pela floresta. Quando volta, depara-se com corpos de família e amigos mortos e com um grupo de pessoas ao redor da fogueira dos seus pais. Os Chandrian.
Depois de vários anos ao sabor das dificuldades de um órfão mendigo, Kvothe é relembrado por um contador de histórias o que a sua memória tentou esquecer, despertando em si a antiga vontade de entrar na universidade.
Já na universidade, Kvothe torna-se numa lenda pela sua inteligência e singularidade logo nos primeiros dias, arrecadando inimigos como Ambrose e o professor Hemme.
Kvothe vai vivendo cada dia procurando uma forma de pagar as suas propinas e quarto.
Com a ajuda do seu amado alaúde, consegue fazer chorar, encantar e brilhar perante a sua plateia. Este foi um dos grandes momentos deste livro, onde Rothfuss conseguiu uma descrição potente e muito bem concebida.
Neste livro há também lugar par o romance onde Kvothe é um completo inocente e inexperiente sobre o assunto. Com Denna, as suas palavras falham (algo realmente anormal vindo da nossa personagem!), é com ela que brilha no palco, é com ela que vê pela primeira vez um draccus, uma espécie de dragão vegetariano que se viciou na resina de uma árvore e coloca em perigo a população.
Este livro não se baseia num herói sem defeitos, mas sim na estória de um jovem que, com os seus defeitos e virtudes, se tornou numa lenda!
O fim deste livro deixa muitas questões em aberto que parece que vão demorar um bocadinho de tempo a serem respondidas já que o segundo livro ainda está a ser escrito!
Recomendo mesmo a leitura da nova aposta da Gailivro. Não percam aquele que é um excelente livro de literatura fantástica! Altamente recomendado! - Tatiana