10.2.10

Novidades Fevereiro - Esfera do Caos

“Carta Aberta a Salazar”, de Henrique Galvão

EDITORA: Esfera do Caos Editores

NÚMERO DE PÁGINAS: 128

PVP: 15,70 euros

SINOPSE: “Ninguém conhece melhor o amo que o seu criado de quarto.”

Henrique Galvão recorria frequentemente a esta ideia para, de forma alegórica ― considerando ter sido «criado de quarto de Salazar» ―, significar que, por ter servido intimamente o ditador e o regime, ninguém os conhecia melhor do que ele. E de facto, esta Carta Aberta a Salazar é uma das mais brilhantes análises, a que podemos ter acesso, da ideologia salazarista e da personalidade do ditador, por um lado, e, por outro, dos resultados obtidos pelo Estado Novo ― a sua «verdadeira obra» ― nos planos social e económico.

As três primeiras edições deste livro, de 1959, foram apreendidas pela PIDE quase à saída da máquina. Uma nova edição surgiu na Venezuela, em 1960, e entrou clandestinamente em Portugal ― também desta, poucos foram os exemplares que escaparam às garras da polícia política. A edição que agora fica disponível não vai ter, naturalmente, o mesmo destino!

Uma crítica acutilante e demolidora, saída da pena do Capitão dos Impossíveis.

SOBRE O AUTOR: Henrique Galvão (Barreiro, 1885 – São Paulo, 1970). Concluiu os cursos da Escola Militar, da Escola Politécnica e da Escola Joinville-le-Pont, em França. Foi apoiante de Sidónio Pais e um dos cadetes que em 28 de Maio de 1926 participou no pronunciamento militar de cariz nacionalista que pôs termo à Primeira República e que estaria na origem da implantação do Estado Novo. Foi Director da Emissora Nacional, Inspector Superior da Administração Colonial e Governador de Huíla, em Angola. Já como deputado por Angola, denunciou com veemência a corrupção existente na administração colonial. No início dos anos cinquenta, desiludido com o regime salazarista, entrou em rota de colisão com o Estado Novo e conspirou com outros militares, tendo sido preso e expulso do Exército. A partir desta altura, afirmou-se como um dos principais lutadores pela liberdade. Com Humberto Delgado, foi uma das figuras mais populares nos meios oposicionistas. Entre 1952 e 1958 passou pelas cadeias de Peniche, Penitenciária de Lisboa e Caxias. Em 1959 protagonizou uma das mais espectaculares fugas de um preso político ― estava hospitalizado, mas ao mesmo tempo detido pela PIDE, no Hospital de Santa Maria ―, refugiando-se na embaixada da Argentina.

Em 1961 liderou o assalto ao paquete «Santa Maria» ― o primeiro desvio de um navio de passageiros com fins políticos alguma vez registado. No mesmo ano, tomou parte no apresamento de um avião da TAP que fazia a linha Casablanca-Lisboa. Autor de numerosos trabalhos sobre as colónias portuguesas e a sua fauna, assim como de vários romances, contos e peças teatrais, para além de marcantes documentos de contestação ao salazarismo.

􀁘 INCLUI UM POEMA DE NATÁLIA CORREIA DEDICADO A HENRIQUE GALVÃO:

CÂNTICO DO PAÍS EMERSO

􀁘 PREFÁCIO DE CAMILO MORTÁGUA

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